domingo, 29 de setembro de 2013

Considerações sobre a relação entre o Unix e o Linux - 9ª Semana

O Linux foi criado com base no Minix. O Minix era um sistema operacional multi-tarefa e Unix-Like (“igual ao Unix”), desenvolvido por Andrew Tannenbaun no final da década de 80. A finalidade do Minix era educacional, unicamente para aprendizagem. Ele possuía as mesmas funções que o Unix, mas não foi feito a partir do código de fonte dos releases de Unix da época.

Quando o mr. Linus Torvalds se sentiu entediado o suficiente para sentar “um pouquinho” e programar seu próprio kernel, ele não o fez com base no Minix, mas sim como um projeto próprio. Na época o Linux ainda era imaturo suficiente a ponto de precisar do Minix para ser compilado. Assim como o Minix, o Linux também não foi criado com base em código de Unix – seja BSD ou System V.

Linus Torvalds, como todo nerd supremo, era uma pessoa extremamente exigente com os sistemas operacionais que utilizava. Se pra você, querido leitor, não bastarem os fatos dele ter programado o kernel Linux original sozinho (coisa que os GNU/programadores não conseguiram – até hoje) e até hoje ser o principal mantenedor do kernel Linux, existe um terceiro motivo que embasa esse meu comentário: O antigo quebra-pau entre Linus Torvalds e Andrew Tanenbaun sobre a questão kernel monolítico x micro-kernel.

O Solaris (na época: SunOS, BSD) era um sistema operacional que lhe atendia perfeitamente. Ele já era um ótimo programador. E usava Minix em seu 386. Porém, movido pelo gostinho de quero-mais, ele criou seu próprio kernel, e nem ele imaginava o quão grandioso esse sistema se tornaria, sendo um dia um “substituto” para o Unix em muitas aplicações.

Assim sendo, o Linux também é um SO Unix-like, que se comporta igual o Unix, com os mesmos algoritmos de gerenciamento e muitos recursos idênticos. Mas o Linux não é Unix. Solaris, AIX, BSDs, HP-Ux, Irix (R.I.P.), Tru64 (R.I.P.) sim – estes são Unices. O código do Linux também não foi feito com base em Unix BSD ou System V, assim como o Minix.



Sobre a GNU, o Unix e o Linux
O embrião da GNU (GNU is Not Unix) surgiu em 1983. Richard Stallman (quando ele ainda fazia alguma coisa era ciencista do MIT) se sentiu injustiçado pela quantidade de código criado por ele (e outros programadores) no Unix e sendo licenciado de maneira cretina pela AT&T para outras empresas gigantes. Em 1985 ele criou a FSF (Free Software Foundation), com o intuito de criar um sistema operacional livre, cujos conceitos de liberdade se resumia em que: Qualquer um poderia utilizar sem qualquer restrição desde que o código de fonte permanecesse aberto.

A partir de 1985, muitos programadores aderiram essa “causa”, e parecia que de fato esse maravilhoso sistema operacional sairia do forno. Os caras criaram quase tudo: Os aplicativos (vulgo comandos), o compilador, as bibliotecas, e muitos drivers. Só faltava o principal: O kernel! É, irônico que tudo isso fosse criado para rodar nos sistemas operacionais opressores e imperialistas das grandes corporações, mas foi assim durante algum tempo.

A proposta de sistema operacional da GNU, o GNU/HURD, ainda não está concluida – provavelmente só ficará pronta em Pasárgada, e será usado por Manoel Bandeira. Então, os GNUs resolveram partir pro óbvio: Ah, Linus Torvalds tem um kernel. A gente tem o resto. Que tal unir o útil ao agradável? Linus Torvalds concordou, e o Linux foi licenciado na GPL e passou a fazer parte do projeto GNU. O Linux Ganhou desenvolvedores, componentes e muito sucesso. E a GNU ganhou o kernel que faltava!

Muitos membros da GNU, incluindo Richard Stallman, dizem que o Linux foi programado para o GNU. Isso não é verdade. O “destino” permitiu que ambos se integrassem. Provavelmente o Linux não seria o que é hoje sem o projeto GNU, e o projeto GNU também não seria o que é hoje sem o Linux. E muitos membros do projeto GNU chamam o Linux de GNU/Linux, mas é algo mais pessoal do que técnico. Linus Torvalds, como eu, acha idiotice.



O Linux/Windows vão matar o Unix?
É verdade que, a partir do Windows 2000, os sistemas operacionais da Microsoft têm ganhado muito em estabilidade. Isso resultou em que, muitas aplicações antes usadas apenas em estações de alto desempenho movidas a Unix foram portadas para Windows, e aplicações que antes rodavam em hardware e software de primeira qualidade, foram gradativamente portadas para x86 e sistema operacional Windows (ou Linux). E quando falo de hardware de primeira qualidade, me refiro à processadores RISC, Unix 64 bits, 8GB Ram, 2 ou 4 processadores e HDs SCSI.

Humildemente acho que isso é uma regressão, mas em parte, justificado – visto que o x86 realmente evoluiu dos últimos anos pra cá. Por exemplo, o Windows “demorou” pra suportar mais que 4GB de memória Ram, e uma grande quantidade de processadores. O Unix já fazia isso há muito tempo atrás. Entretanto, essa debandada diminuiu bastante o número de aplicações específicas do Unix em comparação ao x86 (Linux/Windows) nas workstations. Versões de vários softwares (como o Maya) foram descontinuados em workstations Unix, e foram migrados para sistemas operacionais como o Red Hat Linux, ou mesmo o Windows Vista/Windows XP. Alguns (como o Catia) ainda permanecem para Unix, também com versão pra Windows, mas é difícil responder até quando isso permanecerá.

Entretanto, vários softwares comerciais que são multi-plataforma, como o Oracle, GIS Design, SAP, Natural/ADABAS, servidores de aplicação (Java), softwares de rede, e etc, continuam sendo desenvolvidos com versões para Unix em mainstream. Essas versões continuam sendo procuradas por empresas que buscam pela performance e estabilidade oferecidas pela plataforma quarentona. Cada um no seu quadrado, o Linux já matou o Unix onde ele podia. Bem como o Windows. Mas, o Unix continuará com suas aplicações específicas, pois embora mais restrito, continua sendo tecnologicamente mais “preparado” para aplicações críticas e de alto desempenho que o Linux e que o Windows. Pelo menos até o momento.


fonte: http://timmerman.wordpress.com/2010/01/10/consideraes-sobre-a-relao-entre-o-unix-e-o-linux/

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Qual o melhor SO? parte I - 8ª Semana

Qual sistema operacional é melhor: Windows, Linux ou Mac OS?

Um tema que parece nunca se esgotar e que muitas vezes rende grandes discussões é sistemas operacionais. A coluna Tira-dúvidas já apresentou como se instala o Ubuntu (distribuição GNU/Linux), e as versões de avaliação do Windows 8, da Microsoft, no PC. Frequentemente, também, respondo a dúvidas postadas na área de comentários sobre o Mac OS X, sistema da Apple.

Entre um comentário e outro, é possível perceber franca predileção por um determinado sistema. Inclusive, alguns leitores se posicionam advogando a favor do seu sistema favorito. Mas, afinal, quem é o melhor? Qual é o sistema mais seguro? Usar software livre é coisa de nerd? Somente o Windows está sujeito a pegar vírus? São muitos os questionamentos e afirmações sobre o assunto e, por essa razão, a coluna irá tratar desse tema tão polêmico e ao mesmo tempo tão apaixonante que desperta os “brios” de usuários de computadores no mundo inteiro.

Os computadores pessoais, definitivamente, estão cada vez mais pessoais pois são considerados companheiros inseparáveis para a automação de diversas tarefas. E, claro, para o entretenimento (navegar na internet, conversar por mensageiros instantâneos, jogar, escutar músicas e assistir a filmes). Cada usuário tem o seu perfil, que de acordo com as necessidades, o hardware apropriado pode ter um valor elevado. Mas, invariavelmente, o hardware por si só não é nada sem um sistema operacional instalado. E é nele que são instalados os programas que efetivamente tornam o equipamento em algo útil.




O Microsoft Windows é o sistema operacional
mais usado em desktops no mundo (Foto: Reprodução)

Windows
O sistema operacional mais usado no planeta tem a sua versão corrente denominada Windows 7 e, em breve, deve receber seu sucessor, o Windows 8. Ele foi lançado oficialmente em agosto de 1993 para permitir que os usuários pudessem contar com uma interface gráfica para operar o PC. Desde então foram inúmeras as versões vendidas no mercado. A que que permaneceu por muitos anos e que está instalada em muitos computadores é a versão XP do Windows.

É preciso distinguir o emprego do sistema. Nessa coluna serão levados em conta apenas aspectos relacionados ao uso de sistemas operacionais no PC desktop. O sistema operacional Windows movimenta um mercado milionário de vendas de licenças. Os valores cobrados variam de acordo com as edições e, em cada uma delas, são incluídas funcionalidades adicionais.

O valor da licença varia de acordo com as edições do Windows 7 (Foto: Divulgação)
Os valores cobrados ao consumidor final variam de R$ 125 para a versão Windows 7 Starter (mais simples) até R$600 pela versão Windows 7 Ultimate (mais completa). Existem outras edições intermediárias com os seus respetivos valores. A tabela completa comparativa de funcionalidades entre as edições do Windows pode ser visualizada no site da Microsoft.

Em qualquer uma das edições é possível instalar o Microsoft Office para a criação e edição de documentos texto, planilhas de cálculo e apresentações. Há outros programas como os de edição de imagem, áudio, vídeo e games. Nele também podem ser instalados adicionalmente os navegadores de internet, Google Chrome, Mozilla Firefox, Opera e Safari. É um sistema operacional que serve de plataforma para atender às diversas necessidades, desde estudantes que querem fazer os trabalhos da escola, até programadores de sistemas que precisam desenvolver os seus softwares.




O Mac OS X é o sistema operacional da Apple (Foto: Reprodução)

Mac OS X
O sistema operacional desenvolvido e comercializado pela Apple se destina à sua linha de computadores. O Mac OS X é o sistema operacional de código fechado baseado no kernel Unix chamado OpenDarwin. Diferente do Microsoft Windows, não existem edições de uma mesma versão do sistema. Ou seja, a versão instalada sempre terá todos os recursos disponíveis ao usuário. Entretanto, por ser destinada a equipamentos fabricados pela Apple, o sistema operacional não tem o seu uso recomendado a computadores de outras fabricantes. O custo da licença do Mac OS X é relativamente baixo, se comparado com a licença da edição mais completa do Windows 7, cerca de US$ 30 .

Embora a instalação do Mac OS X seja restrita a equipamentos fabricados pela Apple, muitos usuários recorrem a versões não oficiais do sistema e as instalam em seus PCs. Essa prática também é conhecida como Hackintosh, embora o fabricante de processador dos Macs seja o mesmo para PCs e a linha de chips seja similar. Um computador não se resume apenas a marca, modelo e arquitetura de processador.

Comercialmente essa característica pode parecer decisiva, outras aspectos diferenciam um Mac de um PC. Ainda assim, instalar o Mac OS X quebra os termos de licença do usuário. As versões de hackintosh são modificadas para que ocorra a compatibilidade de hardware, mas não há garantia alguma de que o procedimento dê certo ou de que o sistema será executado com 100% de compatibilidade em todos os PCs dotados com processadores Intel.

Os Macs possuem funcionalidades equivalentes às encontradas no Windows, e em muitos casos os seus usuários as consideram mais úteis. Boa parte dos programas encontrados no mercado e destinados para o Windows, também possuem versões para o Mac OS X. Para games, dependendo da preferência do usuário, esse pode ser um aspecto negativo, já que nem todos os títulos encontrados para o Windows estão disponíveis para o Mac.




O Ubuntu é uma das distribuições Linux mais popular entre
os adeptos ao sistema de código aberto (Foto: Reprodução)

GNU/Linux
Diferente do Mac OS X e do Windows 7, o Linux tem o seu desenvolvimento e distribuição num modelo de negócio totalmente diferente da Apple e da Microsoft. Sendo o maior ícone do “movimento de software livre”, os usuários que optaram pelo sistema operacional do pinguim não encontram apenas uma versão para instalar no PC, mas centenas delas.

As distribuições mais populares e com comunidades mais atuantes, o que não necessariamente a implica em melhor ou pior, são Linux Mint, Ubuntu, Debian, Fedora, OpenSUSE e CentOS. Cada uma dessas distribuições apresentam as suas particularidades como o suporte aos diferentes tipos de hardwares encontrados no mercado, período de liberação de uma nova versão, funcionalidades específicas que representam melhorias na experiência do usuário.

Por se tratar de um sistema operacional de código aberto, o Linux acaba “caindo nas graças” de quem busca um sistema operacional que permita customizações. É evidente que, para realizar modificações no sistema, é preciso ter conhecimentos avançados em relação a de um usuário que quer apenas usar o seu computador.

Para muitos é vantajoso superar essa curva de aprendizado pois o resultado final pode originar uma versão totalmente personalizada de acordo com as preferências do seu usuário. A maioria das distribuições Linux, além de ter o seu código aberto, também são distribuídas gratuitamente por download. Mas vale salientar que se o usuário optar em apenas usar o sistema, sem ter que aprender linguagens de programação, ainda assim ele pode ser uma excelente alternativa para quem busca um sistema operacional leve, produtivo e estável.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

IBM anuncia investimento de US$ 1 bilhão no Linux ao longo dos próximos 5 anos - 7ª Semana

 A IBM fará um investimento de US$ 1 bilhão ao longo dos próximos cinco anos para promover o desenvolvimento do Linux, à medida em que tenta adaptar seus mainframes e servidores baseados na arquitetura Power para lidar com a nuvem e “big data” em ambientes de computação distribuídos.
O anúncio do investimento deverá ser feito durante a conferência LinuxCon em New Orleans nesta semana, irá financiar o programas de desenvolvimento de aplicações Linux para os servidores Power e também para expandir um serviço na nuvem que permite que os desenvolvedores escrevam e testem aplicativos para servidores Power antes da implantação. O investimento também servirá como um incentivo para o desenvolvimento de software para os novos processadores Power8 da IBM, que serão usados em servidores no próximo ano.
 A IBM também estabelecerá o Power Systems Linux Center em Montpellier, na França, onde os desenvolvedores terão acesso a processadores e servidores Power para desenvolver e testar aplicativos Linux. A empresa já tem centros similares em Beijing, Nova Iorque e Austin, no Texas.
 O investimento será aplicado ao desenvolvimento Linux por clientes, desenvolvedores e estudantes, embora a IBM não tenha elaborado como os fundos estarão disponíveis.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Linux Mint- 6ª Semana



O Projeto Linux Mint revelou nesta semana a sua décima quinta versão do sistema operacional, que atualiza os ambientes Cinnamon e MATE, além de incluir novas aplicações para gerenciamento de softwares e drivers.

Batizado de “Olivia”, o Linux Mint 15 é baseado na versão mais recente do Ubuntu e deverá ser finalizado até janeiro de 2014. Em fase “release candidate”, o Linux Mint tem ainda uma versão baseada no Debian.

“Linux Mint 15 é o lançamento mais ambicioso desde o início do nosso projeto”, destacou o grupo em nota oficial. “O MATE 1.6 ganhou melhorias e o Cinnamon 1.8 oferece diversas novidades, incluindo protetor de tela e uma central de controle unificada. A tela de login pode agora ser tematizada em HTML5 e o sistema ganha duas novas ferramentas: Software Sources e Driver Manager”, finaliza.

Para conferir todas as versões do Linux Mint disponíveis para download, basta acessar o site do projeto.


fonte: http://www.tecmundo.com.br/linux/39891-linux-mint-chega-a-sua-versao-15.htm

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Linux - Sistema de Arquivos - 5ª Semana


O Linux suporta diferentes sistemas de arquivos.
Cada um com suas vantagens, desvantagens e características.

Atualmente uma importante característica dos atuais sistemas de arquivos, são os sistemas de arquivos com "journaling", o qual leva a preferência, sobre os outros sistemas de arquivos que não tem "journaling".

Neste artigo irei descrever como manipular os principais sistemas de arquivos disponíveis para Linux.

- Conteúdo:
1 - Sistemas de arquivos suportados pelo Linux:
1.0 - O sistema de arquivos ext2:
1.1 - O sistema de arquivos ext3:
1.2 - O sistema de arquivos ReiserFS:
1.3 - O sistema de arquivos XFS: 
1.4 - O sistema de arquivos SWAP: 
1.5 - O sistema de arquivos VFAT: 

Journaling é um recurso que permite recuperar um sistema após um desastre no disco 

(quando um disco está sujo), em uma velocidade muito maior que nos sistemas de arquivos anteriores (sem journaling).



1 - Sistemas de arquivos suportados pelo Linux:

A lista de sistemas de arquivos suportados pelo Linux é muito grande, mas pode ser vista uma referência aqui.

Mas, neste artigo irei discutir somente os sistemas de arquivos mais comuns.
Segue abaixo uma breve descrição sobre os sistemas de arquivos mais comuns disponíveis para o Linux:

1.0 - O sistema de arquivos ext2:
O sistema de arquivos ext2 é conhecido como "Second Extended FileSystem" foi desenvolvido para ser mais "eficiente" que o sistema de arquivos "Minix", seu antecessor.
O Minix era muito utilizado nas primeiras versões do Linux, e foi utilizado por muitos anos.
O sistema de arquivos ext2 não possui journaling e foi substituído pelo sistema de arquivos ext3.

1.1 - O sistema de arquivos ext3:
O sistema de arquivos ext3 é uma versão do ext2 com suporte a journaling.
Portando o ext3 tem as mesmas características do ext2, mas com suporte journaling.
Essa característica foi uma evolução e tornou o ext3 um sistema de arquivos muito estável e robusto.

Como no ext3 só foi adicionado o suporte a journaling, podemos converter um sistema de arquivos ext2 para ext3, adicionado suporte a journaling, e também podemos converter um sistema de arquivos ext3 para ext2, removendo o suporte a journaling.

1.2 - O sistema de arquivos ReiserFS:
O sistema de arquivos ReiserFS foi criado recentemente. Mas atualmente quase todas as distribuições Linux o suportam.
Sua performance é muito boa, principalmente para um número muito grande de arquivos pequenos.

ReiserFS também possui suporte a journaling.

1.3 - O sistema de arquivos XFS:
O sistema de arquivos XFS também possui suporte a journaling.

Foi desenvolvido originalmente pela Silicon Graphics e posteriormente disponibilizado o código fonte. O XFS é considerado um dos melhores sistemas de arquivos para banco de dados, pois é muito rápido na gravação.

XFS utiliza muitos recursos de cache com memória RAM, e para utilizar XFS é recomendado utilizar sistemas que possuem redundância de energia.

1.4 - O sistema de arquivos SWAP:
SWAP é um espaço reservado para troca de dados com a memória RAM.
Em alguns lugares ele não é mencionado como um Sistema de arquivos.
Mas resolvi descrever aqui pois faz parte deste artigo.

1.5 - O sistema de arquivos VFAT:
O sistema de arquivos VFAT é também conhecido como FAT32 ( M$ Windows ).
O sistema de arquivos VFAT não possui suporte a journaling.
E é utilizado normalmente para transferir dados entre sistemas M$ Windows e o Linux instalados no mesmo disco, pois pode ser lido e escrito por ambos os sistemas operacionais.
O sistema de arquivos VFAT está longe de ser um sistema de arquivos utilizado para Sistemas Linux, exceto para compartilhamento/compatibilidade entre o M$ Windows e Linux.
Se você utilizar VFAT no Linux, esteja certo de perder alguns atributos, tal como: Permissão de execução, links simbólicos entre outras coisas.

Ambos os sistemas de arquivos ext3 e ReiserFS são maduros o bastante para serem utilizados como padrão no Linux.

Esses dois são os mais utilizados pelas distribuições Linux.


Sistemas de arquivos do Linux: qual o melhor?


Se você se pergunta qual sistema de arquivo você deve usar na sua nova partição com Linux, o site Phoronix fez uma série de benchmarks testando EXT4, BBtfrs e NILFS2, entre outros.
O ganhador, pelo menos nas categorias mais importantes: EXT4. Este sistema de arquivos apresentou maior velocidade de leitura e gravação, além de maior número de transações por segundo: quantas operações (de gravação ou leitura) o disco rígido consegue fazer por segundo.

Velocidade de leitura em megabytes por segundo (maior é melhor)

Velocidade de gravação em megabytes por segundo (maior é melhor)

Número de transações por segundo (maior é melhor)



Considerações finais
Como era de esperar, no Linux existem várias opções de sistemas de arquivos. Boas opções por sinal. Cada um tem suas características particulares e a escolha final vai depender do gosto e conveniência de uso. O importante é que como em tudo no Linux existe algo imprescindível : Liberdade de escolha. Escolha o que for melhor para você e ponto final

UNIX - Os arquivos (br) ficheiros (pt) - 5ª Semana

Introdução aos arquivos Unix
Nos sistemas UNIX, todos os elementos são representados sob a forma de arquivo. O conjunto dos arquivo é estruturado em redor de uma única arborescência cuja base, chamada raiz, é notada "/".

Tipos de arquivos
Os sistemas UNIX definem diferentes tipos de arquivos:

  • Os arquivos físicos, registrados no disco rígido. Trata-se de arquivo no sentido que conhecemos geralmente;
  • Os diretórios são arquivos (nós) da arborescência, que podem conter arquivo ou outros diretórios. Um diretório contém no mínimo um diretório parente (notado com dois pontos ..), correspondendo ao diretório de nível mais elevado, e um diretório corrente (notado.), ou seja, ele mesmo;
  • As ligações são arquivo especiais que permitem associar vários nomes (ligações) a um só e mesmo arquivo. Este dispositivo permite ter várias instâncias de um mesmo arquivo em vários lugares da arborescência, sem necessitar uma cópia, o que permite nomeadamente assegurar um máximo de coerência e economizar espaço no disco. Distinguem-se dois tipos de relações:
  • As relações simbólicas que representam ponteiros virtuais (atalhos) para arquivo reais. Em caso de supressão da relação simbólica, o arquivo apontado não é suprimido. As relações simbólicas são criadas com a ajuda do comando ln - s de acordo com a sintaxe seguinte: ln -s nome-do arquivo--real nome-da-relação-simbólica
  • As ligações físicas (também chamadas ligações duras ou em inglês hardlinks) representam um nome alternativo para um arquivo. Assim, quando um arquivo possui duas relações físicas, a supressão de uma das relações não provoca a supressão do arquivo. Mais exatamente, enquanto subsistir no mínimo uma relação física, o arquivos não é apagado. Por outro lado, quando o conjunto das relações físicas de um mesmo arquivo é ,o arquivo é-o também. É necessário notar contudo que é possível criar ligações físicas apenas num único e mesmo sistema de arquivo. As ligações físicas são criadas com a ajuda do comando ln (sem a opção - n) de acordo com a sintaxe seguinte: ln nome-do-arquivo-real nome-da-relação-física
  • Os arquivo virtuais que não têm real existência física porque existem apenas em memória. Estes arquivo, situados nomeadamente no diretório /proc, contém informações sobre o sistema (processador, ondeamento, discos rígidos, processos, etc.);
  • Os arquivo de periféricos, situados no diretório /dev/, correspondem aos periféricos do sistema. Esta noção pode inicialmente ser desanimadora para um novo usuário.

Noção de ponto de montagem
Os arquivo de um sistema UNIX estão organizados numa arborescência única. É contudo possível ter várias partições, graças a um mecanismo chamado montagem, permitindo conectar uma partição a um diretório da arborescência principal. Assim, o fato de montar uma partição no diretório /mnt/partition tornará o conjunto dos arquivo da partição acessível a partir deste diretório, chamado "ponto de montagem".


A hierarquia dos arquivos em Unix
Para assegurar a compatibilidade e a mobilidade, os sistemas UNIX respeitam a norma FHS (Fila Hierarchy Standard). A hierarquia básica de um sistema Unix é a seguinte:

/a raiz, contém os diretórios principais
/binContém os executáveis essenciais para o sistema, empregados por todos os usuários.
/bootContém os arquivos de carregamento do núcleo, entre os quais o carregador de arranque.
/devContém os pontos de entrada dos periféricos.
/etcContém os arquivos de configuração necessários à administração do sistema (fichiers passwd, group, inittab, ld.so.conf, lilo.conf,...).
/etc/X11contém os arquivos específicos à configuração de X (contém XF86Config por exemplo)
/homeContém os diretórios pessoais dos usuários. Na medida em que os diretórios situados em /home são destinados a acolher os arquivos dos usuários do sistema, é aconselhável dedicar uma partição específica ao diretório /boot para limitar os estragos em caso de saturação do espaço disco.
/libContém as bibliotecas standard partilhadas entre as diferentes aplicações do sistema.
/mntPermite acolher os pontos de montagem das partições temporárias (CD-rom, disquete,...).
/procAgrupa um conjunto de arquivos virtuais que permitem obter informações sobre o sistema ou os processos em execução.
/rootDiretório pessoal do administrador root. O diretório pessoal do administrador situa-se à parte dos outros diretórios pessoais, porque se encontra na partição raiz, para poder ser carregado ao arranque, antes da montagem da partição /home.
/sbinContém o executável sistema essenciais (por exemplo, o comando adduser).
/tmpcontém os arquivos temporários
/usrHierarquia secundária
/usr/X11R6este diretório está reservado para o sistema X versão 11 release 6
/usr/X386utilizado antes por X versão 5, é uma ligação simbólica para /usr/X11R6
/usr/bincontém a maioria dos arquivos binários e comandos de usuários
/usr/includecontém os arquivos de rubrica para os programas C e C++
/usr/libcontém a maior parte das bibliotecas partilhadas do sistema
/usr/localcontém os dados relativos aos programas instalados na máquina local pelo root
/usr/local/binBinários dos arquivos locais
/usr/local/includeArquivos de rubrica C et C++ locais
/usr/local/libArquivos de rubrica C e C++ locais
/usr/local/sbinBibliotecas partilhadas locais
/usr/local/sharebinários sistema local
/usr/local/srchierarquia independente
/usr/sbincontém os arquivos binários não essenciais ao sistema reservados ao administrador sistema
/usr/sharereservado aos dados não dependentes da arquitetura
/usr/src

contém arquivos de código fonte
/varcontém dados versáteis como os arquivos de bases de dados, os arquivos diários (registros), os arquivos do spouleur de impressão ou os e-mails em espera.